terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

No táxi que me trouxe até aqui Chico Buarque me dava razão...

   Era a primeira vez de muitas que me encontraria atrasado em relação à hora marcada no fuso local - que ainda não conseguiu uma simpatia pelo menos profissional com a minha querida pessoa - Foi quando então olhei para o céu. A lua estava lá, parecia colagem de papel sujo de margarina; ela estava cheia, gigantesca e amarelada em um fundo azul enegrecido - poderia dizer que seria um azul "Boas vindas" ou algo assim - Escondia cada estrela, que agora poderia jurar de pés juntos: Estavam tramando algo! Elas se encarregavam  de se colocar posicionalmente em lugares estratégicos para que energizassem os cosmos e que mexesse com nossas moléculas d'água - dizem as lendas que nas noites de lua cheia, o poder que ela exerce nas águas é fora de normal e em nós que somos 70% feitos dela eu não preciso nem comentar - gerando assim um momento propício a gerar aqueles meus olhares.
   Somos apenas mais duas pessoas - em meio a várias - que se encontraram naquela noite e que mais tarde tiveram a sorte da janela estar esboçando todas aquelas estrelas. Não sabíamos nada sobre elas, mas todas que estavam ali - tão próximas de nossos sonhos - já sabiam o que estava pra acontecer sob a luz daquela lua.
   Um encontro que não foi movido apenas por nossas escolhas, conquistas, circunstâncias ou movido por pequenas vontades. Foi um encontro que me faz não saber usar palavras, símbolos, sintomas ou sentimentos. Faz eu não saber mais o que já sabia, mas aprender o que eu já devia ter aprendido. O cheiro que deveria estar no ar era de apreço, apego. O gosto que estava distribuído por toda a noite era totalmente seu.